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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Placenta. Órgão transitório que mantém a gravidez.

A Placenta é um órgão transitório que é responsável pela manutenção da gravidez. Desempenha as funções excretoras, respiratórias e nutritivas do feto
by Roberto M.
O que é placenta? Para que serve a placenta? Qual é a importância da placenta? Como se forma a placenta?


Em cerca de 95% dos mamíferos (inclusive o homem), o embrião e o feto se desenvolvem às custas do organismo materno.


Enquanto o embrião das aves tem no ovo, de uma só vez, todos os elementos necessários a seu desenvolvimento, o embrião humano depende da absorção contínua de elementos provenientes do organismo da mãe e os vai recebendo aos poucos, na medida em que as necessidades vão surgindo.

Para suprir essas necessidades, a maioria dos mamíferos tem uma estrutura que liga o feto à mãe. Essa estrutura não tem uma função tão simples, mas pode ser considerada como um “entreposto” ao qual chegam continuamente substâncias nutritivas que são selecionadas e transferidas ao feto bem como chegam, do feto, substâncias que precisam ser eliminadas do organismo materno.

Essa estrutura recebe o nome de Placenta.

Além das funções nutritivas e excretoras citadas acima, a placenta também elabora produtos orgânicos, sobretudo hormônios, destinados à adaptação do organismo da mãe às várias necessidades da gravidez e do parto, e também ao desenvolvimento fetal.

A placenta serve simultaneamente às necessidades diretas do feto e às necessidades da mãe. Por isso, ela é um órgão misto, formado por tecidos fetais e por tecidos maternos, que funcionam a serviço de cada um dos dois seres no período da gravidez.

A placenta é um órgão transitório que se forma com o embrião: Após a fecundação, o ovo humano chega ao útero amplamente modificado e com o nome de blastocisto. O blastocisto tem a forma de uma esfera oca, constituída por dois tipos de células. Um dos tipos (trofoblasto) dá origem à placenta, a partir do outro, desenvolve-se o embrião.


Placenta humana vista pelo lado materno, oposto ao cordão umbilical


A placenta humana tem uma forma semelhante à de uma almofada com cerca de 2 a 4 cm de espessura. Tem consistência esponjosa, unindo-se à parede uterina no lado materno e ao feto pelo cordão umbilical. Atinge ao redor de 500 gramas no final da gestação e é o órgão responsável pela manutenção da gravidez.

Ela funciona como um filtro entre o sangue materno e o sangue do feto. Possui circulação materna de um lado e circulação fetal do outro, circulações estas, separadas por uma barreira membranosa.

O sangue fetal que vem do cordão umbilical, ao percorrer a placenta, recebe nutrientes e oxigênio, libera dióxido de carbono e resíduos fetais (uréia, creatinina, ácido úrico) e depois volta ao feto para novamente alimentá-lo, oxigená-lo e purificá-lo.

Desse modo, a placenta faz as vezes de pulmões e de rins do feto. De pulmões porque o supre de oxigênio e recolhe gás carbônico. De rins porque filtra os resíduos eliminados pelo feto.

A placenta possui ainda a incrível capacidade de permitir a não rejeição, pelo organismo materno, de um corpo estranho (o feto) que se instala no interior do corpo da mãe.
Isso se deve ao fato de que o sangue da mãe não circula pelo feto, nem o do feto circula pelas veias da mãe. A passagem de elementos de um para outro se faz por meios indiretos através da barreira membranosa, que é formada por tecidos permeáveis, por diferenças de pressão osmótica.

Apesar dos avanços da ciência, a fisiologia da placenta ainda encerra muitos mistérios. Ela é diferente em cada espécie de mamíferos, o que impossibilita estudos por analogia e é muito difícil observar a placenta humana ao vivo.
Bibliografia: Guyton & Hall – Tratado de Fisiologia Médica – Ed. Guanabara-Koogan
                     Enciclopédia Medicina e Saúde – Ed. Abril

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