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sábado, 10 de novembro de 2012

Tuberculose. O bacilo de Koch ainda continua atacando.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outras áreas do corpo. Seu principal sintoma é a tosse contínua, com secreção, por mais de duas semanas.

Os sintomas e o tratamento da tuberculose, causada pelo bacilo de Koch.
by Roberto M.
O que é tuberculose? Como se pega tuberculose? Tuberculose tem cura?
Através dos séculos, a tuberculose sempre foi um dos inimigos mais temidos pela humanidade. É um inimigo tão cruel que mata mais que todas as guerras.
Embora possa ser detectada por exames simples, essa temível doença ainda é responsável, anualmente, por milhões de mortes em todo o mundo.

Conhecida, também, como “doença do peito” ou “tísica pulmonar”, a tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, causando tosse e fadiga. Em quadros mais graves também pode atingir outras área do corpo como ossos, rins, coração e cérebro.

A tuberculose é causada pelo micróbio “Mycobacterium tuberculosis”, também conhecido como bacilo de Koch, em homenagem ao cientista Robert Koch, que identificou o agente da doença pela primeira vez, em 1882.

HISTÓRIA

Pesquisas arqueológicas indicam que essa moléstia acompanha o homem desde o início da vida em sociedade: esqueletos com mais de 7000 anos apresentavam sinais de vários tipos de tuberculose.
Sua ação dizimadora fez com que, até o final do século XIX, fosse conhecida como “peste branca” ou ainda “peste cinzenta”.

O desenvolvimento de medidas sanitárias e a melhora da qualidade de vida fizeram com que, a partir do início do século XX, o índice de mortalidade por tuberculose começasse a declinar, principalmente a partir de 1945, quando foram descobertos medicamentos específicos contra o micróbio causador da doença, o bacilo de Koch.

Em diversos países, chegou-se a estimar seu controle e erradicação a partir do início do século XXI. Entretanto, a AIDS e o HIV mudaram drasticamente essa previsão, pois doenças que deprimem o sistema imunológico aumentam as chances de desenvolvimento da doença.

Apesar da mortalidade pela doença ser, atualmente, bem menor, observa-se ainda um grande número de doentes na população mundial.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), ainda hoje, um terço da população mundial está infectado pelo germe causador da doença (embora nem todos venham a desenvolvê-la), sendo que cerca de 5 mil pessoas morrem anualmente de tuberculose apenas no Brasil.

TRANSMISSÃO

A transmissão da doença acontece quando pessoas sadias respiram o ar contaminado por microbactérias expelidas pelo doente ao tossir, falar ou espirrar.
Quando um tuberculoso tosse, espirra ou fala, elimina gotículas de escarro contendo bacilos, que podem ser diretamente aspirados pelas pessoas que estão ao seu redor. Quando o escarro cai no chão, resseca-se e transforma-se em poeira, que também pode ser aspirada pelos indivíduos sadios.

Na realidade, após uma primeira infecção, o sistema imunológico consegue evitar sua disseminação em 90% dos casos, mas por não conseguirem eliminar os micróbios totalmente, as pessoas acabam se tornando um depósito de bacilos, que ficarão latentes até voltarem a ser focos infectantes.

Entretanto, em alguns indivíduos, o sistema imunológico não dá conta do recado e uma simples infecção pelo bacilo acaba evoluindo para a doença propriamente dita.
Isto pode ocorrer tanto logo após a primeira infecção, como vários anos após, quando serão reativados os bacilos dormentes.
A transmissão ocorre somente a partir das pessoas que têm a tuberculose ativa. Quem tem a doença latente não transmite.

SINTOMAS

A principal característica da doença é a tosse contínua acompanhada de secreção, com ou sem sangue, por mais de duas semanas ininterruptas.
Outros sintomas da tuberculose são: fraqueza, cansaço fácil, febre, sudorese noturna, falta de apetite, dores musculares e emagrecimento acentuado.

Em casos graves pode haver dificuldade na respiração, grande quantidade de sangue expelida (Hemoptise) ao tossir, acúmulo de secreção na membrana que reveste o pulmão e até mesmo dor torácica.

DIAGNÓSTICO

Os sintomas são os primeiros indicativos da doença, mas alguns exames ajudam a estabelecer o diagnóstico.
Três exames simples são suficientes para esclarecer as suspeitas de tuberculose. São eles:

1) Baciloscopia (ou exame do escarro) – é o principal exame utilizado para se detectar a tuberculose. Permite indicar, com exatidão, se o paciente, além de estar contaminado com o bacilo, é ou não fonte de transmissão da doença.

2) PPD (Purified Protein Derivative) – esse é o teste tuberculínico, onde uma pequena quantidade de derivado proteico purificado, aplicada via intradérmica, avalia se a pessoa já entrou em contato com o bacilo causador da tuberculose.

3) Raios-X do tórax – determina o estágio em que se encontra a doença.

TRATAMENTOS

A tuberculose é uma doença de notificação compulsória, ou seja, qualquer caso confirmado da doença deve ser obrigatoriamente informado à Secretaria da Saúde.
O tratamento para o combate à tuberculose é gratuito. Os medicamentos são fornecidos nos postos de saúde (SUS) e devem ser tomados diariamente, sem interrupção, por um período mínimo de 6 meses. Mesmo que os sintomas tenham desaparecido.

Às vezes, os pacientes param de tomar a medicação assim que os sintomas desaparecem, mas a doença ainda não foi curada. Isso faz com que os micróbios que sobraram fiquem mais resistentes e continuem a infectar a pessoa. O indivíduo continua transmitindo a doença mesmo sem ter sintomas.

PREVENÇÃO

A melhor forma de prevenção é reduzir as chances de contaminação identificando-se eventuais transmissores de tuberculose e iniciando o tratamento rapidamente.
É fundamental manter-se os ambientes arejados e iluminados, pois locais escuros, com pouca circulação de ar e com aglomerações são propícios ao desenvolvimento dos agentes causadores da tuberculose.

A conscientização de que se deve cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, e assim evitar que eventuais gotículas contaminadas se espalhem pelo ar, é importantíssima para diminuir as chances de contaminação.
A imunização dos recém-nascidos com a vacina BCG protege as crianças de manifestações mais agressivas da doença.
Bibliografia: 1) Robbins and Cotran – Patologia, bases patológicas das doenças – 8ª Edição – Editora Saunders/Elsevier.
                    2) Enciclopédia Medicina e Saúde – Vol. 1 – Editora Abril Cultural.
Imagem: cortesia de "Dream Designs" em FreeDigitalPhotos.net

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