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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Erisipela. Uma infecção aguda da pele.

A erisipela é uma infecção aguda na pele. As bactérias causadoras dessa infecção penetram por soluções de continuidade da pele, tais como, micoses, cortes, arranhões, frieiras, picadas de insetos. A lesão na pele vem acompanhada de dor, vermelhidão e inchaço.

Perna com infecção por Erisipela
by Roberto M.
O que é erisipela? Como se pega erisipela? Quais os sintomas? Qual é o tratamento? Como prevenir a ocorrência de erisipela? A erisipela é contagiosa?
Erisipela é uma infecção aguda da pele que envolve a derme e o subcutâneo. A pele infeccionada apresenta aspecto vermelho brilhante, formando um alto relevo, diferente da pele normal ao redor. É comum que a pele se apresente espessa e grossa, como se fosse uma casca de laranja.

É uma lesão que apresenta inchaço, é quente e dolorosa. Podem se formar bolhas ou vesículas alguns dias após o início da infecção.
A lesão, normalmente, tem limites bem definidos e as áreas comprometidas são, em geral, os membros inferiores, mas, com menos frequência, podem localizar-se na face ou no abdome.

COMO SE CONTRAI A ERISIPELA

Geralmente é causada pela bactéria Streptococcus pyogenes do grupo A. Entretanto, ultimamente, diversos outros agentes bacterianos estão ligados à erisipela: Strptococcus pneumoniae; estreptococos dos grupos B, C e G; staphilococcus aureus; bactérias gram negativas.
A penetração da bactéria na pele ocorre por soluções de continuidade. Elas penetram através de pequenos ferimentos na pele ou na mucosa, se espalham pelos vasos linfáticos e atingem o tecido subcutâneo e o gorduroso.
Essa descontinuidade da pele pode ser causada por picadas de inseto, frieiras, micoses de unha, etc.
São portas de entrada frequentes nos membros inferiores as úlceras de perna e as dermatomicoses interdigitais.

Não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de pessoa para pessoa.
Existem pessoas com maior predisposição para contrair essa infecção. Os indivíduos obesos, os diabéticos descompensados, aqueles que têm insuficiência venosa nos membros inferiores, os que apresentam inchaço nas pernas devido a problemas nos rins, os imunossuprimidos, os cardiopatas e os que apresentam doenças crônicas debilitantes constituem grupo de risco para a doença.

SINTOMAS DA ERISIPELA

A erisipela começa com os sintomas característicos das infecções: febre alta, cefaleia, calafrios, mal-estar, náusea, vômitos, desânimo.
A lesão na pele se apresenta em placas eritematosas (vermelhidão), edematosas (inchaço) e dolorosas. Dessas placas podem ocorrer faixas com vermelhidões ao longo do trajeto dos vasos linfáticos (linfangites). Em alguns casos, podem ser observadas vesículas, bolhas ou feridas (erisipela bolhosa, erisipela gangrenosa), sinal da necrose dos tecidos.

SINONÍMIA DA ERISIPELA

Existem outros nomes pelos quais a erisipela é conhecida. Vamos ver alguns deles:
- Mal-do-monte;
- Mal-da-praia;
- Esipra;
- Linfangite estreptocócica;
- Fogo de Santo Antonio.

DIAGNÓSTICO DA ERISIPELA

O diagnóstico da doença é quase que exclusivamente clínico. O exame laboratorial, em geral, é desnecessário. Há vezes em que se recorre ao exame de cultura ou à biópsia, mas, não são procedimentos rotineiros.

TRATAMENTO DA ERISIPELA

É essencial o repouso no leito, principalmente quando acometidos os membros inferiores, que devem permanecer elevados.
A droga de escolha para o combate às bactérias é a penicilina procaína, ou em pacientes alérgicos a eritromicina e cefalexina.
Normalmente, o repouso e a administração de antibióticos orais por pelo menos duas semanas são suficientes para a regressão da doença.

REINCIDÊNCIA

Após a fase aguda, em muitos casos, é conveniente administrar antibióticos periodicamente para evitar recaídas (as erisipelas de repetição).
Existem muitos tipos de estreptococos diferentes. Se um deles causa a erisipela, o organismo cria anticorpos específicos contra ele, mas não contra os outros. Por isso, existe a possibilidade do paciente se reinfectar e apresentar surtos reincidentes de erisipela.

CUIDADOS E PREVENÇÕES PARA EVITAR A ERISIPELA

- Procure sempre estar com o peso dentro dos limites. Evite a obesidade.
- Examine os pés frequentemente para verificar se não existem micoses entre os dedos, frieiras, pequenos cortes ou bolhas que possam servir de acesso às bactérias.
- Os diabéticos devem ter cuidado especial. Eles podem perder parte da sensibilidade dos pés, o que os torna mais suscetíveis a ferimentos.
- Evite a proliferação de fungos nos dedos dos pés. Enxugue muito bem os vãos entre eles. A frieira pode provocar lesões que facilitam a penetração das bactérias.
- Cortes, ferimentos, arranhões servem de porta de entrada para a infecção bacteriana. O ideal é evitar esses acidentes, mas, caso eles ocorram, deve-se fazer uma higienização imediata do ferimento, cuidando para que haja o fechamento imediato da lesão.
- Use meias elásticas para diminuir o inchaço das pernas.

ALERTAS

- Somente o médico poderá diagnosticar corretamente a erisipela e ministrar os medicamentos adequados. No caso da ocorrência de sintomas similares, procure assistência médica imediata para que seja feito o diagnóstico e o tratamento.
- O tratamento prescrito deverá ser seguido rigorosamente, para se evitar as crises de repetição. Os surtos recidivantes podem levar à elefantíase e outras consequências graves.

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