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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Helicobacter pylori a bactéria vilã nas Gastrites e Úlceras.

Apesar de alguns medicamentos e tumores desencadearem a doença, a grande vilã, nos casos de gastrites e úlceras, é a bactéria Helicobacter pylori (H. pylori). Quando ela se aloja no estômago, provoca um aumento do pH gerando inflamações locais, a gastrite, que pode evoluir para úlcera.

Bactérias Helicobacter pylory no estômago podem provocar gastrite e úlcera.
by Telma M.
Você sabe o que é gastrite? E úlcera, você conhece bem?
A nossa mucosa gastrointestinal possui a proteção de uma barreira natural, exercida por fatores orgânicos. 
Quando esses fatores são agredidos, ocorre um desequilíbrio que pode levar à gastrite, à úlcera péptica ou até ao câncer gástrico.
A patogênese dessas doenças está muito ligada à presença do Helicobacter pylori, também conhecido por H. pylori.


O H. pylori é um microrganismo que se adapta muito bem ao pH do estômago (que é entre 1 e 2, devido à secreção do ácido clorídrico pelas células do estômago), o que facilita sua mobilidade dentro da mucosa.
Quando essa bactéria se aloja no estômago, ela provoca um aumento do pH destruindo a camada mucosa e gerando lesões com conseqüente inflamação local, a chamada gastrite, a qual pode evoluir para uma erosão ainda maior da mucosa, a úlcera.

O H. pylori é transmitido entre pessoas. “O mecanismo exato da transmissão do H. pylori é desconhecido; o único fato universalmente aceito é que a bactéria só consegue alcançar a mucosa gástrica pela boca, pois trata-se de microrganismo não-invasivo; no entanto, existem estudos que comprovam a presença do microrganismo em fezes humanas.”

A úlcera péptica é crônica, recidivante e acomete 10% da população de países industrializados, embora 50 a 80% da população adulta no mundo seja infectada pela bactéria. É importante notar que 80 a 90% dos pacientes com úlceras gástricas têm infecção por H. pylori.

Tratamento

Um dos tratamentos de primeira linha usa três medicamentos: Inibidor da bomba de próton ou IBP (Omeprazol, Lanzoprazol, Pantoprazol, entre outros), Amoxacilina e Claritromicina. É bom lembrar que todos devem ser usados com orientação médica cuidadosa pois o uso indiscriminados de medicamentos pode provocar muitos males, piorando sintomas ou acrescentado outros.

Prevenção

A infecção pelo H. pylori é cosmopolita, por isso há grande interesse em sua erradicação.
Atualmente há muitos estudos em busca de vacinas, mas estima-se que estará disponível em 10 a 15 anos. Enquanto isso as investigações se concentram nas formas de transmissão para elaboração de estratégias de prevenção da doença.

Alguns Mitos e Verdades

1. Stress e alguns alimentos podem causar gastrites?

· A grande vilã é a bactéria Helicobacter pylori, quase sempre presente nos casos de gastrite, medicamentos antiinflamatórios e tumores produtores de gastrina podem desencadear a doença, mas stress e alimentos não são causadores sozinhos, só se a pessoa estiver infectada pela bactéria.

2. Úlcera piora sintomas como dores abdominais e empachamento?

· Podem ocorrer sintomas de leve a intensos, mas tem gente que tem úlcera e não sente nada, o que pode ser perigoso, pois uma perfuração pode acontecer sem aviso prévio.

3. Todo indivíduo contaminado pelo H. pylori irá desenvolver gastrite e úlcera?

· Não, alguns indivíduos passam a vida toda contaminados e sem desenvolver a doença.

4. Omeprazol é mais eficaz do que ranitidina?

· Lanzoprazol, omeprazol e pantoprazol são mais eficazes do que os antagonistas dos receptores H2, como a ranitidina, cimetidina, famotidina e nizatidina, pois estes últimos só fazem o bloqueio da liberação ácida, enquanto os IBP (inibidores da bomba de próton) reduzem a acidez, podem agir na prevenção de erosões provocadas por aniinflamatórios, além de serem ativos contra o H. pylori e não causarem desequilíbrio da flora intestinal. Os primeiros, são mais caros, porém mais eficientes.

5. Quais as orientações da farmacêutica?

· Mastigar bem os alimentos para facilitar a digestão,
· Não dormir com o estômago cheio, esperar 90 minutos depois da refeição,
· Evitar aqueles alimentos que não caem bem, como frituras, doces concentrados, alimentos embutidos, enlatados, condimentos, sucos de frutas cítricas e bebidas gasosas,
· Evitar bebidas alcoólicas, pois elas irritam a mucosa, principalmente com o estômago vazio,
· Consumir alimentos ricos em fibras como cereais integrais, frutas, verduras e legumes, que auxiliam a digestão.
(por Telma Manolio – farmacêutica formada pela UNIP/1997).

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