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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pediculose e Pitiríase: Infestação por piolhos é "Chato".

Uma infestação de piolhos no ser humano é conhecida como Pediculose. Temos a pediculose do couro cabeludo, a pediculose do corpo e a pediculose pubiana. Nesse último caso, a infestação é por "chato" e é também chamada de Pitiríase ou pitirose.

O chato no pubis, o muquirana no corpo e o piolho do couro cabeludo na cabeça causam ectoparasitose humana
by Roberto M.
O que são Pediculoses? Quais os tipos de pediculoses? O que é piolho de cabeça? O que é Pitiríase? Muquirana e Chato são a mesma coisa? Pediculoses são ectoparasitoses causadas por piolhos sugadores, pertencentes zoologicamente à ordem Anoplura. São chamados ectoparasitas ou parasitas externos os tipos de parasitas que se instalam fora do corpo do hospedeiro, como no caso de piolhos (e também pulgas, carrapatos e sanguessugas).

O estudo dos piolhos apresenta interesse médico porque, além de se constituírem em incômodos parasitas do homem e de determinarem, indiretamente, dermatite e infecções estafilocócicas, podem ainda ser vetores de doenças infecciosas como o tifo exantemático, a febre recorrente e a febre das trincheiras.

Esses insetos são ápteros (sem asas), pequenos (dificilmente visíveis), de metamorfose incompleta e achatados dorso-ventralmente. São transmitidos facilmente de pessoa para pessoa através do contato corpóreo e do compartilhamento de vestimentas e de outros objetos de uso pessoal.

De maneira geral, a infestação por piolhos é denominada pediculose, desse modo temos a pediculose do couro cabeludo e a pediculose do corpo, porém quando a infestação é por “chato”, a “pediculose pubiana”  é denominada pitiríase ou fitiríase, pitirose ou fitirose.

PEDICULOSE DO COURO CABELUDO
Pediculose do couro cabeludo é a infestação da cabeça por Pediculus capitis adultos e lêndeas.
O ato de cocar a cabeça, devido à picada dos piolhos adultos, pode dar origem a escoriações do couro cabeludo e infecções secundárias, como impetigo, foliculite e eczemas. A coceira é determinada pela saliva do inseto, a qual contém uma substância anticoagulante e irritante.

A pediculose do couro cabeludo é muito frequente em crianças e mulheres, sendo rara no homem adulto. Sua incidência é mais frequente em pessoas de classe social menos favorecida, embora atualmente seja encontrada nas cabeças dos jovens das mais diversas classes sócio-econômicas. 

Pediculus capitis, causador da pediculose do couro cabeludo

A transmissão dos piolhos é feita por contato direto com pessoas infestadas ou, indiretamente, mediante contato com objetos de uso pessoal: uso promíscuo de pentes, escovas, gorros, perucas, roupas de cama, etc..

Na maioria dos casos, os piolhos são pouco numerosos, o que dificulta o diagnóstico. Por esta razão, os casos de prurido, infecção piogênica ou dermatite eczematosa no couro cabeludo, são sugestivas de pediculose, principalmente em crianças e mulheres.
Em casos de infestações intensas, todavia, este número pode superar os 1000 parasitas por pessoa. Neste caso, as lêndeas tornam os cabelos empastados.
A pediculose do couro cabeludo tem sérias repercussões sobre a criança, pais e professores.

A criança sente-se psicologicamente mal pela condição de parasitada. Os pais são também atingidos por este estigma, que pode dar idéia da falta de higiene em casa. Os educadores enfrentam o problema de evitar a transmissão de moléstia a outros alunos, isolando as crianças infestadas, enfrentando a situação desagradável de comunicar o fato aos pais, e até, em certos casos, serem levados a suspender as atividades escolares por alguns dias.

PEDICULOSE DO CORPO
Trata-se da infestação por Pediculus humanus, que atinge, sobretudo adultos, ocorrendo preferencialmente entre pessoas marginalizadas da sociedade, como mendigos, prostitutas e prisioneiros.
O Pediculus humanus é conhecido também por piolho do corpo ou “muquirana

Os parasitas vivem nas dobras das roupas, fixando-se nas fibras têxteis, as quais só abandonam para se alimentarem. Nesta ocasião passam à pele, através da qual sugam o sangue humano. Os locais mais atingidos são a parte posterior do dorso, abdome, ombros, face posterior das axilas, cintura, nádegas e coxas. 

Pediculus humanus, causador da pediculose do corpo
 
A picada provoca um botão pruriginoso e escoriações, por efeito da coçadura. A escoriação pode dar origem a infecções secundárias como impetigo, foliculite, furunculose. Quando a doença persiste por muito tempo, provoca espessamento da pele, tornando a epiderme seca e farinhosa.
A pediculose do corpo apresenta grande interesse médico porque Pediculus humanus é vetor de tifo epidérmico, febre das trincheiras e febre recorrente.

"PEDICULOSE" DO PÚBIS
"Pediculose" do púbis, Pitiríase ou pitirose, fitiríase ou fitirose é uma ectoparasitose causada por Pthirus púbis que se desenvolve na região pubiana, também se alimentando de sangue humano.

O Pthirus púbis, mais conhecido por “chato” ou “piolho pubiano” tem como modo de transmissão principal o contato sexual, mas pode ser veiculado por meio de fômites, tais como vestuário, roupas de cama, e toalhas
 Para alguns autores, a Pitiríase ou pediculose pubiana é a mais contagiosa das doenças sexualmente transmissíveis. 

Pthirus pubis, causador da pediculose do pubis ou Ptiríase

O sintoma principal é prurido intenso, que se manifesta principalmente à noite, pois a atividade do parasita é estimulada pelo calor do leito. A picada determina o aparecimento de uma pápula puntiforme, manchas azuladas ou cinzentas que, pela coçadura, dão origem a escoriações e infecções secundárias. A presença de eczemas e piodermites na região pubiana é sugestiva de pitiríase.

TRATAMENTOS DA PEDICULOSE
Existem vários medicamentos tópicos que o médico pode usar para tratar a pediculose e a pitiríase:
- Lindano (hexaclorogamabenzeno);
- Permetrina: creme 5% - pode ser usado em gestantes, mães em aleitamento e doentes com muita escoriação (por ser atóxico)
- Enxofre precipitado: 5% em vaselina ou pasta d’água,  mais usado em crianças (por ser pouco irritativo)
- Monossulfiram;
- Bezoato de benzila;
A escolha de um medicamento específico é influenciada pela idade, gravidez, presença de condições adversas na pele e pela história clínica do paciente.
 
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