by Roberto M.
Uma pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que comparou motoristas a partir dos 60 anos de idade com um grupo de controle de motoristas adultos jovens, revelou que o tempo de reação dos mais idosos, na direção, é cerca de 40% maior que a dos mais jovens.
Para o estudo, foram realizados testes num simulador e foram medidos os tempos de reação para que uma pessoa brecasse o veículo.
O teste mostrou que a média do tempo de reação a partir da placa “Pare” até o momento da frenagem foi de 1,34 segundo para os idosos e de 0,96 segundo para o grupo dos mais jovens.
Isso indica que os motoristas mais velhos são expressivamente mais lentos na frenagem quando comparados aos adultos jovens. O tempo de reação dos idosos é 39,6% maior.
Entretanto, na medição do tempo para realizar o percurso, a diferença do tempo gasto entre os idosos e o grupo de controle de adultos jovens foi de 7%.
Não foi uma diferença muito significativa, mas demonstra que, com o passar dos anos, as pessoas tendem a ficar mais cuidadosas e a dirigirem de forma mais devagar. Além disso, conforme diz a médica orientadora da pesquisa, “Com a demora na reação diante de uma situação que exija uma frenagem mais rápida, é recomendado que o idoso dirija mais cautelosamente”.
PERFIL DOS IDOSOS PESQUISADOS
A idade média dos motoristas idosos avaliados foi de 74,3 anos para os homens e 69,4 anos para as mulheres.
Os do sexo masculino dirigem em média há 48,5 anos e as do sexo feminino há 40,6 anos.
Os veículos das mulheres têm em torno de 5,7 anos e os dos homens 10,7 anos.
Todos os avaliados dirigem seus carros em dias de chuva, vias congestionadas e nos horários de rush. A maioria dos pesquisados (73% das mulheres e 87% dos homens) dirige à noite.
A distância não é empecilho para a maioria dos condutores: 100% dos homens e 87% das mulheres dirigem para qualquer lugar.
Todos os entrevistados nessa pesquisa se consideraram cuidadosos no trânsito.
Apesar do maior tempo de reação, 97% dos participantes do estudo não se envolveram em qualquer tipo de acidente nos últimos cinco anos, nem tampouco foram multados no último ano.
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