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segunda-feira, 29 de abril de 2019

A Anatomia do Coração Humano e seu funcionamento.

O coração funciona como uma verdadeira bomba. É ele o responsável por fazer circular o sangue (o fluxo sanguíneo) que irriga todas as partes do corpo. Conheça um pouco da sua anatomia e do seu funcionamento.

O Coração Humano
by Roberto M.
Todas as células de nosso corpo necessitam de oxigênio para viver. O papel do coração é enviar sangue rico em oxigênio a todas as células que compõe o nosso organismo.
As artérias são as vias por onde o sangue oxigenado é enviado. A aorta é a maior de todas as artérias, e se origina no ventrículo esquerdo. As artérias se dividem em ramos cada vez menores, até os capilares sistêmicos, que são vasos extremamente finos através dos quais o oxigênio sai para os tecidos.
Após a retirada do oxigênio e o recebimento do gás carbônico que se encontrava nos tecidos, os capilares levam o sangue até as veias.
As veias transportam sangue com baixa quantidade de oxigênio e alto teor de gás carbônico, desde os tecidos, de volta ao coração e daí aos pulmões, chegando aos capilares pulmonares, onde o sangue volta a receber oxigênio e a ter o gás carbônico removido, sendo o processo reiniciado. O sangue flui continuamente pelo sistema circulatório, e o coração é a "bomba" que torna isso possível. 

O coração é o principal órgão do sistema circulatório.
O coração é um órgão muscular. Ele está localizado entre os dois pulmões, no interior da caixa torácica. abaixo do osso anterior do tórax (chamado de esterno).
O peso médio do coração de um adulto é 250 gramas e o seu tamanho é aproximadamente igual ao do punho fechado de seu dono.
O coração tem a forma cônica, ligeiramente achatada na frente e também atrás. A base desse cone achatado é voltada para cima e para a direita. A ponta desse cone volta-se para a frente e para a esquerda.
O coração tem uma altura de apenas uns 10 cm.
  
Vistas anterior e posterior do coração

A Parede Cardíaca e suas Camadas

As camadas do coração são os tecidos que formam a sua parede. São três essas camadas: o pericárdio, o miocárdio e o endocárdio.
 
1 - A mais externa é chamada de pericárdio, um finíssimo invólucro que reveste a superfície do coração deixando-a com um aspecto liso e reluzente.
Na verdade, o pericárdio não é uma camada simples, mas um conjunto de dois folhetos diferentes: o visceral (ou epicárdio), que adere ao coração, e o parietal, que fica em contato com os tecidos circunjacentes. Entre ambos, o espaço é tão ínfimo que chega a ser virtualmente nulo, salvo em caso de alguma doença.
 
2 - Abaixo do pericárdio, encontra-se o miocárdio. Essa camada é a parede muscular do coração. Ela é constituída por fortes fibras musculares que se cruzam em diferentes direções, o que aumenta a resistência do tecido. Sua espessura é variável segundo as necessidades de esforço das diversas câmaras internas do órgão. Chega a medir até 12 milímetro em alguns pontos.
 
As Fibras do Miocárdio

3 – A terceira camada, o endocárdio, é o forro interno das cavidades. É uma camada tão fina quanto o pericárdio, mas constituída por tecido diferente. O endocárdio é mais liso e elástico que o pericárdio. É o mesmo tipo de tecido (endotelial) que reveste os vasos sanguíneos.
 
Camadas da parede cardíaca

Um Coração que vale por Dois Corações

Quando olhamos um coração, internamente, podemos compara-lo a um sobrado de dois andares que tem dois aposentos por andar, mas que tem a entrada no andar de cima.
Tanto que as duas cavidades superiores são chamadas átrios, separadas entre si por uma parede hermética chamada de septo interatrial.
No andar de baixo as duas cavidades são os ventrículos, que também são separados hermeticamente um do outro pelo septo interventricular.
 
Só em casos de doenças cardíacas ou malformações é que pode ocorrer comunicação entre os dois ventrículos ou entre os dois átrios. Na normalidade as câmaras do mesmo andar não se comunicam.
Na porção inferior dos ventrículos estão os músculos papilares que continuam, verticalmente, pelos cordões tendíneos e ligam as cavidades superiores e inferiores do órgão. Na base de cada átrio existe um orifício que estabelece comunicação com o ventrículo correspondente.
 
Portanto, o conjunto ventrículo esquerdo e átrio esquerdo é completamente separado do conjunto ventrículo direito e átrio direito. São duas bombas (ou dois corações) análogos e separados.
O ventrículo esquerdo e o átrio esquerdo são conhecidos como coração esquerdo, enquanto que o ventrículo direito e átrio direito são conhecidos como coração direito.
 
Secção Frontal do Coração - Destacando-se os ventrículos e o trecho inicial da aorta

Funcionamento do Coração

Um dos corações serve à pequena circulação e o outro, à grande circulação.
Pequena circulação é o fluxo sanguíneo entre os pulmões e o coração.
Grande circulação é o fluxo sanguíneo entre o coração e as demais partes do corpo., exceto os pulmões.
Entretanto, na prática, as duas circulações se complementam.
 
O sangue proveniente do ventrículo direito atinge os pulmões pela artéria pulmonar. Nos pulmões, a massa sanguínea percorre vasos cada vez mais finos, até chegar aos capilares que envolvem os alvéolos dos pulmões. Nesse instante, as moléculas de oxigênio do ar inspirado passam para o interior dos capilares, transformando o sangue venoso (escuro e com impurezas) em sangue arterial (vermelho vivo e limpo), rico em oxigênio.
 
Purificado, o sangue segue por pequenas veias que se avolumam gradativamente e desembocam numa das quatro veias pulmonares, tendo como destino o átrio esquerdo. Do átrio esquerdo, o sangue atinge o ventrículo esquerdo através do orifício atrioventricular, onde existe uma comporta, a válvula atrioventricular. Essa válvula é formada por películas em forma de flâmulas (cúspides) que só dão passagem em uma única direção. Empurradas pelo sangue que vem do átrio para o ventrículo, as cúspides se abrem facilmente: mas se o sangue tentar voltar, elas se unem e fecham o orifício.
 
Do ventrículo esquerdo, a massa sanguínea passa para a aorta e, em seguida, penetra em artérias cada vez mais finas, até chegar aos capilares das vísceras e das extremidades do corpo, onde deixa o oxigênio e nutrientes, recolhendo os detritos metabólicos. Daí então, o sangue passa para vasos cada vez mais grossos, até chegar a uma das duas veias cavas, que desembocam no átrio direito. Agora, basta atravessar o orifício atrioventricular para que toda a massa de sangue esteja de volta ao ponto de partida: o ventrículo direito.
Além dessas duas circulações existe, ainda, uma terceira circulação. Esta é destinada exclusivamente ao coração. Ela é realizada através das artérias coronárias, que saem da aorta, irrigam o coração e voltam ao átrio direito pelo seio venoso.
 
As aberturas para as grandes veias no átrio direito

Os Vasos e as Válvulas do Coração

Resumindo tudo isso, podemos dizer que as numerosas entradas e saídas do coração estão ligadas a grandes vasos, quais sejam:
1 - a aorta – saída para a grande circulação
2 – a artéria pulmonar – saída para a pequena circulação
3 – as veias cavas superior e inferior – vias de retorno da grande circulação
4 – as duas veias pulmonares direitas e as duas veias pulmonares esquerdas – vias de retorno da pequena circulação
5 – a coronária esquerda e a coronária direita – auto circulação cardíaca, bem como suas ramificações, as artérias longitudinais anteriores e posteriores
 
Secção Frontal do coração com os átrios em evidência

As duas válvulas atrioventriculares não são iguais.
A válvula do coração direito tem três cúspides, por isso, é chamada tricúspide.
A do coração esquerdo tem apenas duas cúspides e recebe o nome de bicúspide. Além do nome bicúspide, ela é também chamada de mitral porque lembra, vagamente a mitra utilizada pelos bispos.
 
Base dos ventrículos com os orifícios das artérias, as válvulas semilunares e as válvulas bicúspide e tricúspide

Além das válvulas atrioventriculares, existem outras válvulas.
O sangue que sai do coração só pode voltar a ele depois de fazer todo o percurso de uma das três circulações. Por isso, na entrada da aorta e na entrada da artéria pulmonar (vias de saída), existem duas válvulas, uma para cada artéria. São as chamadas válvulas semilunares. 

Como o sangue é impulsionado pelo coração

O coração humano é um órgão muscular e possui capacidade de contração e relaxamento. O coração bate de maneira rítmica alternando entre contração e relaxamento.
A contração é chamada de sístole, e o relaxamento é denominado de diástole
Os eventos cardíacos que ocorrem do início de cada batimento até o começo do seguinte compõem o chamado ciclo cardíaco.
 
A geração de cada ciclo cardíaco, ou seja,  da geração rítmica e contínua da sístole e da diástole, é atribuída ao chamado nodo sinoatrial.
Esse nodo sinoatrial  é formado por uma massa de células especializadas responsáveis por gerar, espontaneamente, um impulso elétrico que faz com que o músculo do coração se contraia e relaxe em intervalos contínuos e precisos. Esse nodo fica situado na parte superior da parede lateral do átrio direito, perto da abertura da veia cava superior.
 
Pelo  modo com que o impulso elétrico acontece, dando um potencial de ação que passa rapidamente pelos dois átrios até atingir os ventrículos, e devido a uma disposição especial do sistema condutor dos átrios até os ventrículos, existe um pequeno retardo na passagem do impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos. Isso permite que os átrios se contraiam antes que os ventrículos e, por conseguinte, bombeiem sangue para os ventrículos antes da forte contração ventricular.
 
É exatamente esse processo de sístole e diástole, contração e relaxamento, que garante a impulsão do sangue para todo o corpo.
O ritmo cardíaco médio normal de uma pessoa é de aproximadamente 70 batimentos por minuto.
Se a pessoa tem  esse ritmo muito aumentado, dizemos que ela está com taquicardia e, se o ritmo estiver muito baixo dizemos que ela está com braquicardia.

Bibliografia: 1 – Tratado de Fisiologia Médica – Guyton & Hall – Editora Guanabara Koogan – 9ª Edição
                    2 – Atlas de Anatomia Humana – G Wolf & Heidegger – Editora Guanabara Koogan – 4ª Edição
                    3 – Enciclopédia Medicina e Saúde – Editora Abril – Volume 1 – 1ª Edição 

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