Estudo revela a relação entre a obesidade na meia-idade e o risco de
problemas cardiovasculares e fragilidades na saúde em geral quando se chega à
velhice.
Um estudo, realizado na Finlândia, pela Universidade de Oulu e pela
Universidade de Helsinki, juntamente com seus respectivos hospitais-escola,
investigou as possíveis associações entre o excesso de peso/obesidade durante a
meia-idade e o risco de doenças cardiovasculares na terceira idade.
Esse trabalho se resumiu a um estudo observacional de homens de meia-idade.
Em 1974, 1815 homens inicialmente saudáveis, com idade média de 47 anos,
foram clinicamente investigados e em seguida, avaliados em relação ao estado de
peso, através do IMC (índice de massa corpórea),
considerando-se os seguintes parâmetros:
a) IMC < 25 kg/m2 - peso normal.
b) 25 ≤ IMC < 30 - sobrepeso.
c) IMC ≥ 30 kg/m2 - obesidade.
Além disso, foram analisados seus fatores de risco para DCV (doenças
cardiovasculares) conjuntamente com porcentagens de riscos de DAC (doenças
arteriocoronarianas).
ACOMPANHAMENTO E RESULTADOS
Foi feito um acompanhamento da mortalidade através das centrais de registros
locais e, no ano 2000, 425 homens da base inicial haviam morrido.
Os sobreviventes (1390 homens com idade média de 73 anos) foram
re-contactados através de questionários postais.
Os questionários foram reenviados para os que não responderam da primeira vez
e ao todo 1125 homens (80,9%) acabaram respondendo.
O questionário continha itens sobre medidas antropométricas, condições de
vida, historia e presença de doenças crônicas, medicações e fatores do estilo de
vida (tais como, consumo de álcool e fumo).
Os dados dos questionários respondidos foram analisados e critérios
fenotípicos foram usados para definir a fragilidade da saúde dos envolvidos.
Segundo a definição fenotípica, a fragilidade não é explicada exclusivamente
(embora muitas vezes acompanhada) por deficiência ou comorbidades,
prospectivamente, com o envelhecimento, a fragilidade tem sido associada com as
doenças cardiovasculares (DCV) e doenças arteriocoronarianas (DAC).
De acordo com estes critérios, chegou-se à seguinte conclusão:
a) 40,0% dos homens (450) foram classificados como não frágeis de saúde.
b) 50,4% dos homens (567) foram classificados como pré-frageis e
c) 9,6% dos homens (108) foram classificados como frágeis.
Seguido a tudo isso, foram feitos estudos estatísticos e comparativos com os
dados obtidos 26 anos antes, quando os voluntários ainda estavam na meia-idade,
concluindo-se o seguinte:
CONCLUSÕES
Comparando-se com os que tinham peso normal, o desenvolvimento de fragilidade
da saúde dos idosos foi significativamente maior nos homens que, na meia-idade,
eram portadores de sobrepeso ou obesidade.
Mesmo o desenvolvimento de pré-fragilidade foi significativamente aumentado
com o sobrepeso ou obesidade na meia-idade.
O estudo conclui que a prevenção da obesidade na meia-idade precisa ser
reconhecida como de suma importância para a diminuição dos riscos de doenças
cardiovasculares e do aumento da fragilidade da saúde dos idosos.
Fonte:Esse estudo foi publicado em um artigo do “International Journal of
Obesity” em 22/05/2012.
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