by Roberto M.
Quem quiser relembrar sobre as dermatomicoses em geral, pode ler o artigo em que falo sobre os dermatófitos, dermatofitoses e micoses superficiais.
Mas hoje vou falar especificamente da tinea pedis, também chamada tinha dos pés. Popularmente também conhecida como frieira ou pé de atleta.
A dermatofitose dos pés (tinha dos pés ou tinea pedis) é a infecção dermatofítica da sola dos pés e dos espaços interdigitais.
CARACTERÍSTICAS E SINTOMAS DA TINEA PEDIS
Caracteriza-se por lesões vesiculosas (bolhas) entre os dedos dos pés ou lesões com escamação nas regiões plantares do pé.
Inclui fissura, maceração e descamação nas áreas interdigitais ou subdigitais dos pés.
A região plantar e a face lateral dos pés também podem estar envolvidas com pouca inflamação, porém, com difusa descamação. Pode ocorrer presença de vesículas ou vesicopústulas na região plantar.
Apresenta prurido (comichão), inflamação e rubor da pele.
Se a pele não for tratada pode continuar a abrir fissuras e gretas, podendo levar a um grande desconforto e dor, bem como, proporcionar um cheiro desagradável.
CAUSAS DA FRIEIRA
É causada pelas espécies Trichophyton rubrum, Trichophyton mentagrophytes ou Epidermophyton floccosum, gêneros dos fungos chamados dermatófitos.
A frieira é muito comum em frequentadores de piscinas, na população que faz uso constante de calçado fechado não poroso e em comunidades fechadas, como quartéis militares ou internatos escolares.
A tinea pedis é a forma mais prevalente de infecção por dermatófitos e é comum no mundo inteiro, sendo mais frequente no verão. Predomina na idade adulta e acomete mais comumente pessoas do sexo masculino.
Os fatores que mais contribuem para essa dermatite são: a sudação, a umidade, os calçados anti-higiênicos e o descuido na higiene dos pés.
Uma pessoa contaminada pode transmitir diretamente a doença para uma pessoa sã, mas a maior parte das vezes a transmissão é indireta, ou seja, os indivíduos se infectam ao andar com os pés descalços sobre o solo contaminado. É comum a contaminação a partir de pisos de banheiros e vestiários.
Há casos em que a contaminação se dá com o uso de meias ou calçados de pessoas acometidas com o pé de atleta.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Normalmente o diagnóstico do pé de atleta é clínico. Em casos graves, o diagnóstico deve ser confirmado com estudos laboratoriais de amostras de pele.
O tratamento é realizado com antifúngico tópico, sistêmico, ou ambos. Visa controlar os sintomas e prevenir a recorrência com efeitos adversos mínimos.
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