by Roberto M.
Novas diretrizes sobre a ingestão de álcool foram elaboradas e propostas pelos Conselheiros de Saúde do Reino Unido no início desse ano de 2016.
O grupo de peritos, que produziu as novas diretrizes, estudou novas evidências sobre potenciais efeitos nocivos do álcool, que surgiram desde as diretrizes anteriores, publicadas em 1995.
Leia sobre os riscos da bebida alcoólica no artigo “Os malefícios da bebida em excesso. Os graus de risco do álcool“. Faça uma comparação entre o que era considerado normal com as novas recomendações.
Relembre, também, o que é uma dose de álcool relendo o artigo “Definindo Dose de álcool. Calculando a quantidade de álcool das bebidas alcoólicas”.
Há três questões principais cujas orientações foram revisadas ou tiveram novas orientações:
1 - orientação sobre a ingestão regular de álcool.
2 - orientação sobre ingestão ocasional de álcool.
3 - orientação sobre ingestão de álcool durante a gravidez.
Consumo regular de álcool
As novas orientações aconselham:
- Para manter os riscos à saúde em um nível considerado baixo, no que concerne ao consumo de álcool, não se deve beber, regularmente, mais de 14 doses por semana. Isto se aplica a homens e mulheres - 14 doses é equivalente a, aproximadamente, uma garrafa de um litro de vinho (13,5% Vol.) ou quatro litros de cerveja (3,6% Vol.).
- Quem for beber até 14 doses por semana, o melhor é distribuí-las, uniformemente, em três dias ou mais.
- Quem costuma beber todas as doses em apenas uma ou duas vezes aumenta, significativamente, o risco de morte por doenças de longa duração, acidentes e lesões.
- O risco de desenvolvimento de uma variedade de doenças (incluindo, por exemplo, câncer de boca, de garganta e de mama) aumenta com qualquer quantidade de álcool que se bebe regularmente.
- Para quem deseja reduzir a quantidade de ingestão de álcool, uma boa maneira de conseguir isso é ficar alguns dias da semana sem beber álcool.
Consumo ocasional de álcool
As novas diretrizes propostas também contemplam os riscos potenciais do consumo ocasional de bebidas alcoólicas, que podem incluir acidentes que resultam ferimentos graves (causando a morte em alguns casos), situações de risco por perda do discernimento, do juízo e do autocontrole.
Dá para reduzir esses riscos:
- limitando a quantidade total de álcool que se bebe em qualquer ocasião
- bebendo mais devagar, com comida, e alternando as bebidas alcoólicas com água.
- evitando lugares e atividades de risco após beber, certificando-se de que existem pessoas conhecidas ao redor e tendo certeza de que dá para chegar a casa com segurança.
Alguns grupos de pessoas são mais susceptíveis de serem afetados pelo álcool e devem ser mais cuidadosos ao consumir bebidas alcoólicas. Esses incluem:
- adultos jovens
- pessoas idosas
- aqueles com baixo peso corporal
- aqueles com problemas de saúde
- aqueles em uso de medicamentos ou outras drogas
Consumo de álcool na gravidez
As novas diretrizes recomendam:
- se estiver grávida ou a planejando uma gravidez, a abordagem mais segura é não beber álcool em qualquer situação. Isto manterá os riscos para o bebê em um nível mínimo.
- beber durante a gravidez pode levar a danos de longo prazo para o bebê, quanto maior o consumo de álcool, maior o risco.
Quem acabou de descobrir que está grávida e tem bebido, não deve entrar em pânico automaticamente. É pouco provável, na maioria dos casos, que o bebê tenha sido afetado. No entanto, é muito importante evitar continuar a consumir bebida alcoólica.
Se existe a preocupação com a quantidade de bebida alcoólica ingerida quando grávida, é bom falar com o médico.
Por que as orientações foram revistas?
Há uma série de fatores que têm vindo à luz a partir de 1995 e que foram considerados importantes, pelo grupo de peritos, para serem destacados para o público.
Esses incluem:
- Os benefícios do consumo moderado de álcool para a saúde do coração não são tão fortes como se pensava anteriormente e se aplicam a uma proporção menor da população - especialmente as mulheres com idade superior a 55 anos. Além disso, existem métodos mais eficazes de aumentar a saúde cardíaca, como o exercício físico, por exemplo.
- Os riscos de cânceres associados ao consumo de álcool não estavam totalmente compreendidos em 1995. Considerando-se esses riscos, já não se pode dizer algo como existir um nível "seguro" de beber. Há apenas um nível de "baixo risco" de beber.
- As diretrizes anteriores não abordavam os riscos imediatos do consumo de álcool, especialmente quando se bebe muito de uma só vez, como o ferimento acidental na cabeça e fraturas.
- Na gravidez o grupo de peritos achou que uma abordagem preventiva seria melhor e deveria ficar claro para o público que é mais seguro evitar beber durante a gravidez.
Dame Sally Davies, conselheiro de saúde da Inglaterra, disse: "O nosso objetivo com essas diretrizes é dar ao público uma atualização das informações científicas mais recentes para que possam tomar decisões conscientes sobre o seu próprio consumo e o nível de risco que estão preparados para assumir”.
Fonte: New alcohol advice issued - Artigo do site NHS Choices do Reino Unido
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